Com a perda do habitat natural,
os gambás ficam muito próximos das cidades e acabam adentrando em casas e
prédios em busca de comida. Matar, envenenar, caçar, maltratar gambá é crime
ambiental.
Caso você se depare com um gambá
ferido ou preso em algum lugar, a Polícia Ambiental orienta a colocá-lo em um
recinto (pode ser uma caixa de papelão) até a chegada de agentes de um Órgão
competente.
- Nome Popular: Gambá de Orelha
Preta, Gambá de Orelha Branca, Saruê, Raposinha, Timbu, Cassaco, Mucura,
Sarigué, Sariguê, Sarigueia, Micurê.
- Nome Científico: Didelphis
marsupialis
- Habitat: Áreas verdes e
arborizadas, florestas úmidas. São encontrados em toda a cidade. Aparecem mais
durante a primavera, época de reprodução da espécie.
- Comportamento: São animais
solitários, arbóreos e terrestres. Possuem hábitos noturnos, horário em que
saem para se alimentar. Não são agressivos. São lentos e pacíficos. Quando
ameaçados ou atacados abrem a boca, rosnam e assopram para intimidar o
atacante. Podem se fingir de morto. Podem exalar um cheiro mais forte como meio
de defesa. O cheiro não é igual ao cheiro que o gambá norte americano (o preto e branco dos desenhos animadis)
exala.
- Alimentação: Dieta muito
variada constituída de insetos, vermes, pequenas cobras, ovos de pássaros e
principalmente de frutas (1/4 da sua dieta). Os filhotes recém-nascidos se
alimentam de leite (da mãe).
- Reprodução: Período primaveril.
Animais marsupiais, ou seja, com útero incompleto e período de gestação curto
(11 a 12 dias). Quando filhotes, nascem ainda malformados, migram para a
barriga da mãe até a bolsa ventral, onde permanecem por 70 dias amamentando-se.
A mãe gambá tem 21 filhotes por gestação, mas apenas cerca de 9 sobrevivem,
devido à disputa pela amamentação.
Características: Uma
característica importante é a presença de cauda preênsil, como nos primatas, ou
seja, um quinto membro para auxiliar no deslocamento em árvores e apreensão de
presas. São os maiores didelfídeos atuais.
Dentro do grupo de mamíferos, os
gambás-de-orelha-preta são os animais recebidos em maior número pela Divisão de
Fauna. Abundantes na cidade de São Paulo, são geralmente encontrados invadindo
residências em busca de alimentos e abrigo. Não raros são os relatos de animais
encontrados dentro de armários ou latas de lixo. Normalmente são capturados
pelo Centro de Controle de Zoonoses ou, muitas vezes, por munícipes destemidos
que os encaminham a Divisão de Fauna. No período de outubro a maio, o
recebimento de filhotes órfãos é freqüente. Geralmente as mães gambás são
vítimas de ataques por cães ou atropelamentos.
Animais peçonhentos
Esses animais se alimentam,
principalmente, de, “frutas, mas também comem invertebrados e mesmo pequenos
vertebrados, como roedores, lagartos e serpentes”.
Com isso, acabam desenvolvendo um
importante papel na natureza. Atuam como predador de animais peçonhentos, que
podem representar risco para a vida humana, como escorpiões e até mesmo
serpentes perigosas. Para se ter ideia, esses pequenos bichinhos, são capazes
de devorar até mesmo uma coral-verdadeira.