Emergência ambiental se agrava em meio a temperaturas
elevadas e ventos fortes
Pelo menos 17 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas
nos últimos dias devido aos incêndios florestais que assolam diversas regiões
do Canadá, principalmente no oeste do país. As províncias mais afetadas são
Alberta e Colúmbia Britânica, onde autoridades locais decretaram estado de
emergência em várias comunidades.
Os incêndios, impulsionados por altas temperaturas, baixa
umidade e ventos intensos, avançam rapidamente sobre áreas florestais e zonas
residenciais, dificultando o trabalho das equipes de combate ao fogo. Centenas
de bombeiros, com apoio de helicópteros e aviões-tanque, estão mobilizados para
conter as chamas, mas a situação continua crítica em muitos pontos.
Segundo o governo canadense, milhares de hectares de
vegetação já foram consumidos pelo fogo, resultando em prejuízos ambientais
severos e riscos diretos à saúde da população. A fumaça densa tem comprometido
a qualidade do ar em diversas cidades, levando ao fechamento de escolas,
suspensão de voos e alertas sanitários para grupos vulneráveis.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou em
pronunciamento que “o governo federal está trabalhando em conjunto com
autoridades locais para garantir o apoio necessário às comunidades afetadas”.
Ele também ressaltou a importância de ações preventivas diante das mudanças
climáticas, que têm aumentado a frequência e a intensidade dos incêndios
florestais nos últimos anos.
A previsão do tempo para os próximos dias não traz alívio: as
temperaturas devem continuar elevadas e não há expectativa de chuvas
significativas nas regiões atingidas. Especialistas alertam que a temporada de
incêndios no Canadá, que costuma durar até setembro, pode ser uma das mais
severas já registradas.
Enquanto isso, abrigos temporários foram montados em ginásios
e centros comunitários para receber os deslocados, e campanhas de arrecadação
de alimentos, roupas e produtos de higiene estão sendo organizadas por ONGs e
voluntários.
A comunidade internacional também começa a se mobilizar, com
oferta de ajuda vinda de países como Estados Unidos e Austrália, que possuem
experiência em situações similares.
A situação segue em monitoramento constante, e novas
evacuações podem ser ordenadas a qualquer momento, caso o avanço das chamas não
seja contido.