Nova lei garante recesso escolar parcial aos gestores da
Rede Municipal de Tietê, reconhecendo a carga emocional e a responsabilidade da
função
Na sessão ordinária realizada na última terça-feira, 10 de
junho, a Câmara Municipal de Tietê aprovou o Projeto de Lei Complementar de
autoria do Executivo Municipal, que estende o direito ao recesso escolar aos
gestores escolares da Rede Municipal.
O objetivo da proposta é proporcionar a todos os
profissionais do quadro do magistério municipal o direito ao recesso escolar,
reconhecendo que, mesmo não atuando diretamente em sala de aula, muitos desses
servidores também estão inseridos na rotina intensa e nas exigências do
ambiente escolar.
A proposta aprovada modifica os artigos 33 da Lei
Complementar nº 05/2019 e 49 da Lei Complementar nº 06/2019, incorporando esse
novo direito de forma oficial. Com a nova legislação, esses profissionais
passam a ter direito a 30 dias de férias anuais e, adicionalmente, a pelo menos
50% dos dias de recesso concedidos aos professores.
Segundo o texto enviado pelo Executivo, a mudança busca
reconhecer a atuação desses profissionais, que também são diretamente afetados
pelas suspensões das atividades escolares no período de recesso, e já vinham,
em algumas situações, sendo dispensados de maneira informal.
Durante a tramitação, o projeto recebeu apoio dos
vereadores, que destacaram a importância da valorização dos servidores da
Educação e a busca por mais equidade dentro do quadro funcional da área. A
matéria foi aprovada por unanimidade. A nova lei entra em vigor a partir da
data de sua publicação oficial.
"Os gestores escolares, junto com os professores, estão
entre os que mais sofrem pressão dentro da escola. Eles são a porta de entrada
da comunidade escolar, recebem diariamente os pais com diferentes demandas e
situações, além de atender alunos, professores e toda a equipe. A
responsabilidade de buscar soluções para os problemas quase sempre recai sobre
eles. É uma função que exige muito emocionalmente e, em muitos momentos, o
nível de estresse chega a ser tão alto quanto — ou até maior — do que o
enfrentado pelos docentes", declarou o vereador Prof. Leandro Amicci
durante discussão do projeto na sessão.