Gastos da primeira-dama Janja geram debate sobre uso de
recursos públicos
Nos últimos meses, os gastos da primeira-dama Rosângela da
Silva, conhecida como Janja, têm sido alvo de questionamentos por parte de
parlamentares e da opinião pública. A polêmica gira em torno dos custos
envolvidos em viagens, hospedagens, segurança e participação em eventos
oficiais no Brasil e no exterior.
Segundo informações divulgadas por veículos da imprensa
nacional e dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, as despesas
ligadas à atuação da primeira-dama somaram centenas de milhares de reais desde
o início do mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de
2023. Os gastos incluem passagens aéreas, diárias de hotéis, transporte
terrestre, e equipe de apoio.
Janja tem desempenhado um papel ativo como primeira-dama,
acompanhando o presidente em diversas agendas internacionais, além de
participar de campanhas de combate à fome, promoção da cultura e da igualdade
de gênero. O Palácio do Planalto defende que sua atuação segue a tradição de
outras primeiras-damas e que os custos estão dentro da legalidade.
Apesar disso, parlamentares da oposição têm exigido maior
transparência e detalhamento dos valores. Alguns acusam o governo de fazer uso
político da imagem da primeira-dama e de gastar recursos públicos com ações que
não têm retorno claro para a população.
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou
que "todas as despesas da primeira-dama estão de acordo com as normas
legais e são compatíveis com a função pública que ela exerce ao lado do
presidente da República."
A discussão reacende o debate sobre os limites do papel
institucional das primeiras-damas no Brasil e a necessidade de regulamentação
mais clara sobre suas atribuições e despesas oficiais.